sábado, 25 de maio de 2013

Diálogos de Wilson com Paulo Freire

Paulo Freire em minha pesquisa. (Parte I)
                              Wilson Queiroz

Retomei a leitura da minha dissertação de mestrado, defendida em fevereiro de 2012, De docência e militância: a formação de educadores étnicos num programa da Secretaria Municipal de Educação de Campinas – 2003 a 2007, orientado pela professora Corinta Geraldi, defendida no GEPEC – Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Continuada, em 27 de fevereiro de 2012.

Tentando apontar aonde o Paulo Freire, se faz presente nesta pesquisa, optei por encaminhar este cordel, que foi inspirado no livro Pedagogia da Autonomia. A partir daí a pergunta mudou de direção. Aonde Paulo Freire não está em minha pesquisa?

Cordel[i]: Pedagogia da Autonomia
Autor: Wilson Queiroz – 22/05/2010


Há dias estou pensando
Hoje comecei a escrever
Sobre educação e poesia
E agora vou lhes dizer
Que muito me desperta
O modo de Freire fazer
E agora sobre este livro
Um cordel quero escrever.

Pedagogia da autonomia
Escrito por Paulo Freire
Anuncia aos Educadores
Alguns importantes saberes
Para uma prática educativa
Para todos poderem ser
Educando responsáveis
Inclusive por outros seres.

Um livro pequeno e de bolso
Não fosse seu grande valor
Porém num bolso não cabe
Todo o seu denso teor
Aponta questões importantes
Para assunção da arte-professor.

Agora entendo bem mais
E por que acredito nele
Destaca de fio a pavio
Vinte e sete saberes
Que fala da prática da escola
E do educador com ele
Que acredita na educação
E aposta em todos os seres.

São vinte e sete saberes
Que me dispus a pensar
Em que bem posso fazê-lo
E em cordel apresentar
A obra deste mestre
Na arte do bem educar
Liberta a mente de todos
E propõe a sociedade mudar.

Relendo cada saber
Espero melhor estudar
O que diz o Paulo Freire
Sobre o ser modo de ensinar
Trazendo para o cordel
Uma forma de acessar
Um pouco do que entendi
E um convite para dialogar.

Dividido em três capítulos
Esta pequena obra está
No primeiro ele destaca
Que docência sem discência não há
O que nos impõe desde o inicio
Sobre os alunos sempre pensar.

Neste segundo capítulo
A questão do ensinamento
Ele destaca já no titulo
Que ensinar não pode ser
Transferência de conhecimento
O que nos convida a estar
Em permanente movimento.

No último capítulo propõe
A reflexão que não engana
A arte de poder ensinar
É uma especificidade humana
Por isso é preciso pensar
Em como o educador leciona.

Além dos três capítulos
Um destaque é preciso fazer
Ainda temos um prefácio
Que muito irá nos dizer
Logo em seguida algumas
Intitulada primeiras palavras
O mestre irá nos surpreender.

Pedagogia da Autonomia
Um livro que me convida
A pensar no Paulo Freire
E na Elza sua esposa querida
Que para muito ainda passa
Quase ou total desconhecida.
Só fui dela saber melhor
Depois de uma dissertação lida.

Começo falando de Elza
Sua esposa e colaboradora
Por que antes dela sabia
Ser apenas educadora
Agora num estudo entendi
Que também foi sonhadora
Junto com Paulo Freire semeou
Uma educação libertadora.

A pedagogia da autonomia
Proposta por Paulo Freire
Considerava os alunos
E o respeito aos seus saberes
Valorizando o que é simples
E todos os seus afazeres
Pensando numa educação
Com plenos direitos e deveres.

Educação era para Freire
Uma ação, um compromisso
E o professor na sua prática
Responderia por tudo isso
Na sua forma de pensar
De se fazer e de ser dito.

· RIGOROSIDADE METÓDICA


Em sua teoria da pedagogia
Paulo Freire então anuncia
Que três aspectos da educação
Requer que se tenha em dia
Sobre a importância do rigor
E da especificidade que anuncia
Ensinar é uma prática humana
E que para o homem tem valia
Porém ensinar não é transferir
E esta prática ele repudia.

Subdividida em várias partes
Esta pedagogia ele anuncia
Considerando alguns aspectos
E cada um ele também avalia
Considerando muitos dos aspectos
Que esta prática evidencia
Para construir uma educação
Que valorize a autonomia.


*Ensinar exige: Pesquisa-Respeito aos Saberes dos Educandos-Criticidade-Estética e Ética-Corporeificação das Palavras Pelo Exemplo-Risco-Aceitação do Novo e Rejeição a Qualquer Forma de Discriminação-Reflexão Crítica Sobre a Prática-O Reconhecimento e a Assunção da Identidade Cultural-Ensinar não é Transferir Conhecimento-Consciência do Inacabamento-O Reconhecimento de Ser Condicionado-Respeito à Autonomia do Ser Educando - Bom Senso-Humildade-Tolerância e luta em Defesa dos Direitos dos Educadores-Apreensão da Realidade-Alegria e Esperança-A Convicção de que a Mudança é Possível-Curiosidade-Ensinar é uma Especificidade Humana-Segurança-Competência Profissional e Generosidade-Comprometimento-Compreender que a Educação é uma Forma de Intervenção no Mundo-Liberdade e Autoridade-Tomada Consciente de Decisões- Saber Escutar-Reconhecer que a Educação é Ideológica-Disponibilidade para o Diálogo- Querer Bem os Educandos. 



[i] Referência Bibliográfica: Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Ed. Paz e Terra, 1998. 168 p.

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